Diário de Mercado em 31.03.2016
Ibovespa cai com realização de lucros
e acumulou R$ 7,7 Bi em capitais externos em março
Em dia de poucos indicadores, as bolsas europeias fecharam em queda nesta quinta-feira, após os sólidos ganhos da sessão anterior, pressionadas particularmente por ações de telecomunicações e de bancos.
Em Londres, o índice FTSE caiu 0,46%. O índice DAX (Alemanha) perdeu 0,81%, enquanto o CAC-40 (Paris) perdeu 1,34%. Nos EUA, as bolsas operavam com pequenas variações, enquanto os investidores aguardam o relatório de criação de vagas a ser divulgado na 6ª feira.
Dados desta quinta-feira mostraram que os pedidos de auxílio-desemprego subiram inesperadamente para 276 mil na semana passada. Mas ainda assim permaneceram abaixo dos 300 mil, marca associada a um mercado de trabalho saudável. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,18%, enquanto o S&P perdeu 0,20%.
Bovespa
Diante de um cenário externo mais fraco, o Ibovespa devolveu parte dos lucros acumulados no mês. Ainda assim fechou o mês com forte alta de 16,97%, a maior desde 2002.
Na sessão de hoje a baixa foi generalizada, sendo que apenas três ações não caíram. As principais baixas de hoje foram:
KLBN11 (R$ 19,37; -5,93%),
LAME4 (R$ 16,62; -5,16%),
LREN3 (R$ 20,79; -5,03%),
MRFG3 (R$ 6,49; -4,56%),
CESP6 (R$ 15,86; -4,46%) e
SANB11 (R$ 16,95; -4,24%).
No final, o índice [Bovespa] fechou em baixa de 2,33%, a 50.055 pontos.
No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$ 412,477 milhões no dia 29, quando o índice registrou alta de 0,62%. O saldo acumulado de recursos externos em março é positivo em R$ 7,679 bilhões e, no ano, o saldo é positivo em R$ 9,844 bilhões.
Câmbio Juros Futuros
O dólar teve uma sessão de forte volatilidade em função da briga pela formação da taxa PTAX de março. A divisa recou com força durante a manhã, quando tocou a mínima do dia às 12h05, a R$ 3,5380.
Entretanto, após a definição da taxa, a moeda passou a subir, fechando o dia em leve baixa de 0,61%, cotado a R$ 3,5913.
No mercado de juros futuros da BM&F, as taxas avançaram nesta quinta-feira, com os investidores reduzindo as apostas em quedas dos juros básicos neste ano após o relatório trimestral de inflação do Banco Central mostrar que a instituição adotará as medidas necessárias para manter a inflação abaixo do teto da meta em 2016 e fazer a convergência à meta de 4,5% em 2017.
O BC passou a projetar alta de 6,6% no IPCA em 2016 e 4,9% em 2017, contra projeção anterior de 6,2 e 4,8 por cento, respectivamente. O cenário de referência para as projeções usa como parâmetros o dólar a R$ 3,70 reais e a Selic no atual patamar de 14,25%.
Ao término da negociação regular, o contrato de DI para janeiro de 2017 terminou em 13,87%, de 13,77% no ajuste anterior (+0,76%). O DI para janeiro de 2021 fechou em 13,89%, de 13,64% (1,83%).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado em 31.03.2016, 5ª feira, elaborado por Fabio Cesar Cardoso, CNPI-P, analista de investimento do BB INVESTIMENTOS.